segunda-feira, 15 de maio de 2017

Dieta Diária - Como Organizar Se Não Tenho Tempo?




Como assegurar uma dieta alimentar saudável quando se é uma mãe bastante ocupada?

O ritmo de trabalho e a correria diária, levam muitas mães a não terem tempo para confeccionar dietas saudáveis e equilibradas para seus filhos.
Entretanto, a infância e a adolescência são fases da vida em que as exigências cognitivas e físicas são de máxima importância.

Sendo assim, assegurar uma dieta que vá de encontro a essas necessidades é importante.

Sendo assim sugiro algumas estratégias que irão te ajudar a contornar este problema.
     
A relação entre nutrição, crescimento e desenvolvimento é essencial na vida de todas crianças e adolescentes, uma vez que comer, crescer e desenvolver, sendo fenômenos diferentes, são contudo interativos, interdependentes e inseparáveis.

Deste modo, é crucial não ignorar as necessidades específicas desta faixa etária. Além dos motivos já apresentados, é também nesta fase que aumentam as exigências a nível físico e cognitivo, onde começam a surgir uma maior autonomia na escolha dos alimentos, e onde o grupo de amigos começa a influenciar comportamentos e escolhas alimentares.

Assim, é de máxima importância que os pais, em casa, promovam uma boa educação alimentar e proporcionem alimentos saudáveis, apresentando-os de forma apetecível, tentando contornar as escolhas menos interessantes e preferidas das crianças e adolescentes.

O ritmo do trabalho e a “correria” do dia a dia, leva a que as mães disponham de menos tempo que o necessário para confeccionar refeições mais pormenorizadas.

Deveria haver maior atenção no modo de cocção, gorduras utilizadas, pratos escolhidos, etc.

Sendo assim, é feita a opção majoritária por pratos simples e rápidos, muitas vezes muito pouco saudáveis e nutricionalmente desequilibrados, diminuindo o tempo gasto na cozinha e evitando as contrariedades dos seus filhos, que nem sempre apreciam os alimentos mais saudáveis.

Contudo, o que parece ser o melhor dos dois mundos (rapidez e ausência de contrariedades), a longo prazo pode originar graves problemas de saúde, tais como obesidade, diabetes, entre outros, que levará a que o tempo despendido em tratamentos e consultas seja muito maior, acrescendo os gastos monetários e o inevitável desgaste emocional.

Assim, há que se voltar as atenções para a dieta alimentar dos mais novos e contornar as dificuldades de horários! Através de algumas estratégias, todos estes problemas podem ficar resolvidos num abrir e fechar de olhos. Neste sentido, passo algumas das dicas mais importantes:

  • Planeje e organize as refeições para toda a semana, poupando as idas constantes e desnecessárias ao supermercado e poupando o tempo que passa diariamente para decidir cada refeição;
  • Faça várias refeições no mesmo dia, aquele em que tenha mais tempo, separe por caixinhas em porções individuais, e congele. Faça o mesmo com a sopa.
  • Tenha sempre vegetais disponíveis para rapidamente preparar uma refeição de última hora.



  • Tenha sempre em casa snacks saudáveis e fáceis, quer para montar as lancheiras dos seus filhos, quer para quando eles cheguem em casa cheios de fome! Opte por gelatinas, mini queijinhos, frutos secos e frutas, por exemplo.
  • De modo a facilitar a integração dos vegetais no prato, deixe-os preparados (lavados e cortados), num dia da semana que tenha mais tempo. Assim, nos dias mais ocupados irá despender muito menos tempo na cozinha.



Em suma, planejamento e gestão do dia a dia são critérios fundamentais para que uma mãe dedicada e preocupada com a saúde e bem-estar dos seus filhos, no meio do turbilhão em que muitas vezes a sua vida se transforma, consiga ultrapassar as dificuldades.

Assim irá contribuir para que crianças e jovens bem alimentados se tornem adultos mais saudáveis, mais fortes e com maior capacidade para encarrar os desafios que os esperam.

Assim como mais preparados para continuarem uma alimentação saudável que os afastem das temíveis doenças da humanidade.



Dieta Para Esclerose Múltipla



Melhore a sua qualidade de vida através de uma dieta alimentar adequada para a esclerose múltipla.

Sabe-se hoje que a dieta alimentar tem uma função preponderante como meio terapêutico para controlar, prevenir, retardar e modular muitas doenças crônicas inflamatórias. A Esclerose Múltipla (EM) é uma dessas doenças.

Trata-se de uma doença crônica, inflamatória e degenerativa, que afeta o Sistema Nervoso Central e surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos, sobretudo nas mulheres.

Ainda não se sabe ao certo a etiologia mas sugere-se vários fatores responsáveis por desencadear a doença: fator ambiental (afeta em especial as pessoas de raça branca, na Europa, América do Norte e Austrália); vírus; fator hereditário; autoimunidade (produção de reações inflamatórias contra o próprio tecido nervoso) e/ou ainda uma combinação destes fatores.


Os sintomas variam muito e são diversos: fadiga, neurite ótica, perda de força muscular nos braços e nas pernas, alterações da sensibilidade, alterações urinárias e intestinais, problemas sexuais, equilíbrio/coordenação, alterações cognitivas, alteração de humor e depressão
Atualmente, ainda não existe cura mas existem tratamentos de reabilitação e farmacológicos que, juntamente com uma intervenção nutricional adequada e equilibrada previnem os sintomas da doença por modularem o seu estado inflamatório e imune.




A intervenção nutricional na EM passa por controlar a inflamação pós-prandial e sistêmica, protegendo do estresse oxidativo responsável pela degradação da bainha de mielina e dos axônios e pela manutenção da composição da microbiota intestinal responsável pela imunidade.


Sugere-se então uma dieta:

Hipocalórica (1600-1800 kcal): evitar os processos inflamatórios desencadeados por uma elevada ingestão calórica
Vegetais, fruta e cereais integrais: ricos em vitaminas antioxidantes e em fibra, que desempenha uma ação benéfica na prevenção da obstipação



Peixe: sobretudo peixe gordo e de águas frias (sardinha, cavala, salmão, entre outros) que contém maior quantidade de ácidos graxos ômega 3 com importante ação anti-inflamatória




Prebióticos: tais como inulina, farelos, lactosucrose e oligofrutose, componentes alimentares que por não serem digeríveis promovem a microbiota intestinal benéfica do organismo

Probióticos: microrganismos que, quando ingeridos, promovem o equilíbrio da microbiota intestinal, tais como lactococcus lactis, bifidobacterium lactis, e clostridium butyricum, presentes por exemplo no leite e no kefir.

Suplementos: poli fenóis (ação antioxidante), ácidos graxos ômega 3 (ação anti-inflamatória) e ácido alfa lipóico (ação antioxidante)

Vitaminas: D, A, C, E, B3 e B12, importantes para a síntese da mielina e para o normal funcionamento do sistema imunológico

Minerais: selênio, presente nas castanha-do-pará, avelãs, sementes de girassol e salmão, e magnésio, presente na banana, abacate, cereais integrais, podem ser aproveitados pela sua ação antioxidante.



Outras recomendações são: comer várias e pequenas refeições ao longo do dia, procurando não estar mais de 3h sem comer e beber água, chás, infusões e sem açúcar.

Deve-se evitar: a ingestão excessiva de sal, gordura saturada de origem animal, alimentos fritos e bebidas açucaradas, refrigerantes e bebidas alcoólicas.

Estes maus hábitos alimentares são responsáveis por promover a inflamação pós-prandial e consequentemente a inflamação sistêmica.

Atualmente, se estas recomendações alimentares forem levadas em consideração é possível modificar a resposta imune e prevenir o desencadeamento de respostas inflamatórias potencializadoras da esclerose múltipla, permitindo ao doente viver em harmonia com a doença.