segunda-feira, 15 de maio de 2017

Dieta Para Esclerose Múltipla



Melhore a sua qualidade de vida através de uma dieta alimentar adequada para a esclerose múltipla.

Sabe-se hoje que a dieta alimentar tem uma função preponderante como meio terapêutico para controlar, prevenir, retardar e modular muitas doenças crônicas inflamatórias. A Esclerose Múltipla (EM) é uma dessas doenças.

Trata-se de uma doença crônica, inflamatória e degenerativa, que afeta o Sistema Nervoso Central e surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos, sobretudo nas mulheres.

Ainda não se sabe ao certo a etiologia mas sugere-se vários fatores responsáveis por desencadear a doença: fator ambiental (afeta em especial as pessoas de raça branca, na Europa, América do Norte e Austrália); vírus; fator hereditário; autoimunidade (produção de reações inflamatórias contra o próprio tecido nervoso) e/ou ainda uma combinação destes fatores.


Os sintomas variam muito e são diversos: fadiga, neurite ótica, perda de força muscular nos braços e nas pernas, alterações da sensibilidade, alterações urinárias e intestinais, problemas sexuais, equilíbrio/coordenação, alterações cognitivas, alteração de humor e depressão
Atualmente, ainda não existe cura mas existem tratamentos de reabilitação e farmacológicos que, juntamente com uma intervenção nutricional adequada e equilibrada previnem os sintomas da doença por modularem o seu estado inflamatório e imune.




A intervenção nutricional na EM passa por controlar a inflamação pós-prandial e sistêmica, protegendo do estresse oxidativo responsável pela degradação da bainha de mielina e dos axônios e pela manutenção da composição da microbiota intestinal responsável pela imunidade.


Sugere-se então uma dieta:

Hipocalórica (1600-1800 kcal): evitar os processos inflamatórios desencadeados por uma elevada ingestão calórica
Vegetais, fruta e cereais integrais: ricos em vitaminas antioxidantes e em fibra, que desempenha uma ação benéfica na prevenção da obstipação



Peixe: sobretudo peixe gordo e de águas frias (sardinha, cavala, salmão, entre outros) que contém maior quantidade de ácidos graxos ômega 3 com importante ação anti-inflamatória




Prebióticos: tais como inulina, farelos, lactosucrose e oligofrutose, componentes alimentares que por não serem digeríveis promovem a microbiota intestinal benéfica do organismo

Probióticos: microrganismos que, quando ingeridos, promovem o equilíbrio da microbiota intestinal, tais como lactococcus lactis, bifidobacterium lactis, e clostridium butyricum, presentes por exemplo no leite e no kefir.

Suplementos: poli fenóis (ação antioxidante), ácidos graxos ômega 3 (ação anti-inflamatória) e ácido alfa lipóico (ação antioxidante)

Vitaminas: D, A, C, E, B3 e B12, importantes para a síntese da mielina e para o normal funcionamento do sistema imunológico

Minerais: selênio, presente nas castanha-do-pará, avelãs, sementes de girassol e salmão, e magnésio, presente na banana, abacate, cereais integrais, podem ser aproveitados pela sua ação antioxidante.



Outras recomendações são: comer várias e pequenas refeições ao longo do dia, procurando não estar mais de 3h sem comer e beber água, chás, infusões e sem açúcar.

Deve-se evitar: a ingestão excessiva de sal, gordura saturada de origem animal, alimentos fritos e bebidas açucaradas, refrigerantes e bebidas alcoólicas.

Estes maus hábitos alimentares são responsáveis por promover a inflamação pós-prandial e consequentemente a inflamação sistêmica.

Atualmente, se estas recomendações alimentares forem levadas em consideração é possível modificar a resposta imune e prevenir o desencadeamento de respostas inflamatórias potencializadoras da esclerose múltipla, permitindo ao doente viver em harmonia com a doença.




Nenhum comentário:

Postar um comentário